segunda-feira, 1 de abril de 2019

1º de Abril, Fake News e outras mentiras. Atenção!

No artigo anterior apresentei formas de convencer alguém sem enganar e poder acreditar sem medo de ser enganado. Porém, agora, quero aproveitar este primeiro de abril, conhecido tradicionalmente como o dia da mentira, para fazer um alerta sobre os possíveis casos de engenharia social de que podemos ser alvos.

Orson Welles em 1937 - Wikipédia
(foto de Car Van Vechten)
Há 80 anos, mais precisamente em 30/10/1938, quando George Orson Welles (Cineasta norte-americano "1915-1985"), até então um jovem e quase desconhecido diretor de dramaturgia do teatro e do rádio, narrou ao vivo pela companhia Mercury Theatre on the Air, dos estúdio da rádio CBS (Columbia Brodcasting System) em Nova York, uma adaptação do livro de Herbert George Wells (Escritor britânico "1886-1946") A Guerra dos Mundos, levando milhares de pessoas da costa leste dos EUA ao pânico.

Apesar de, no início da transmissão os ouvintes terem sido informados de que se tratava de uma narrativa de ficção, aqueles que sintonizaram a emissora depois de iniciada, acreditaram que, na verdade, se tratava de uma invasão dos marcianos à Terra, a ponto de levar muitas pessoas ao desespero e muito tumulto ter se formado na cidade de Nova York e outras cidades que recebiam aquela transmissão ao vivo, às vésperas do dia das bruxas (Halloween).

A própria CBS, na época, calculou que cerca de seis milhões de pessoas ouviram a transmissão e, destas, um milhão e duzentos mil ouvintes acreditaram que o planeta Terra estava realmente sendo atacado pelos extraterrestres (que no caso, na época, acreditavam que eram os marcianos) que Orson Welles narrava, justamente porquê começaram a ouvir a narração depois do início da transmissão onde dizia se tratar de radiodramaturgia (https://www.dw.com/pt-br/1938-p%C3%A2nico-ap%C3%B3s-transmiss%C3%A3o-de-guerra-dos-mundos/a-956037) ou seja, no linguajar atual diríamos que "caíram de paraquedas".

Este, segundo os profissionais de comunicação, "foi o programa que mais marcou a história da mídia do século XX". Talvez, esta, tenha sido o maior primeiro de abril fora de época já produzido, gerando consequência histórica inimaginável, tanto que tornou Orson Welles mundialmente famoso mas que, no entanto, depois, não escapou de ter de pedir desculpas pelo ocorrido.

No dia seguinte da transmissão o jornal The New York Times informou que tinha sido registrados 875 telefonemas de pessoas com medo do fim do mundo, outras relatando o abandono de convidados de um jantar com medo dos marcianos e 15 pessoas, ainda, que foram atendidas nos hospitais por causa de choque de histeria (https://www.terra.com.br/noticias/educacao/voce-sabia/ha-75-anos-radio-transmitiu-invasao-alienigena-a-terra-e-assustou-milhoes,afb3d216fa802410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html).

Todo jornalista sabe da necessidade (dever profissional) de checar uma informação antes de mais nada, porém, mesmo conscientes disto, atualmente as pessoas que recebem uma informação não se dão ao trabalho de qualquer checagem da sua veracidade, o que dizer naquela época. Porém, este fato mostrou que o rádio, que emergia como fonte de notícia ao vivo, já era creditado de confiança pela sociedade.

"Notícias falsas emplacam porque vêm atender aos desejos do receptor, que assim, de forma rápida e reativa, as legitima e alça à categoria de fatos. Invariavelmente, as "fake news" funcionam porque dizem o que o sujeito que as recebe quer ouvir, enfeitam com adereços de verdade as mentiras mais peladas. A notícia falsa não vem informar, e sim confirmar como realidade o sonho do eleitor que vê o jogo da política como vê futebol - sem desconfiar que, no caso, ele é a bola" (Pedro Bial, jornal O Globo em 28/10/2018).

Atualmente as fake news estão entre os assuntos mais cogitados de, neste 1º de abril, fazerem novas vítimas pois, hoje, com efeito, elas não se restringem mais apenas às localidades onde são lançadas, próximas umas das outras em um determinado país ou região. Suas consequências podem ser globais e devastadoras.

As fake news assumem riscos bem maiores do que no início do século passado, pois oferecem perigos amplificados e por este motivo devem ser levadas em considerações e combatidas. Não considerá-las, acreditando que se trata apenas de uma brincadeira ou que seja uma simples pegadinha de primeiro de abril, "coisa à toa", é dar oportunidade ao gatilho de um possível contra interesse oculto.

Uma fake news pode estar recheada de engenharia social, que é a técnica de se atingir um maior número de pessoas nas suas fragilidades, que podem ser de consequências internacionais, assim como por exemplo, decidir o curso, rumo ou o resultado de objetivos de um pleito eleitoral. E a única forma de se combater e vencer um ataque de engenharia social é fortalecendo as fraquezas das possíveis vítimas antes do ataque.

Então, é preciso conhecer mais sobre as fraquezas humanas e identificá-las, blindando-as dos possíveis ataques que possam surgir. E assim que identificada a possível fraqueza que uma pessoa possa ser atingida, deve ser feito o respectivo tratamento que, de maneira geral, pode ser conseguido pela própria pessoa.

Se você tiver interesse em saber mais sobre engenharia social e blindagens de fraquezas humanas  clique aqui para assistir uma apresentação sobre o assunto.

Se você desejar ouvir, na íntegra, a transmissão original de Orson Welles clique no vídeo abaixo*

*O vídeo está em inglês. Para você obter as legendas em português ou outro idioma, no vídeo, clique em "YouTube", no vídeo no Youtube clique no ícone "Legendas/Legendas ocultas (c)" para ativar as legendas, depois clique no ícone "Detalhes", na telinha de diálogo que se abre clique em "Legendas/CC (1)  inglês (gerada automaticamente) >", na próxima telinha clique em "Traduzir automaticamente" e escolha Português ou outro idiomas que preferir na lista que aparece em ordem alfabética.

Carlos Roberto Miranda é Palestrante de Sistemas Lógicos e Jornalista de Dados com registro no Mtb nº. 86198/SP.
Autor e divulgador de A Lógica da Essência da Vida (EV) que gera a Essência Humana (EH).
Contato para Palestras: carlosrobertomirandapalestra@gmail.com

terça-feira, 26 de março de 2019

Como convencer sem enganar (mentir) e poder acreditar sem medo de ser enganado.



"O inimigo do conhecimento não é a ignorância, mas sim a ilusão da verdade". Stephen William Hawking.

pt.wikipedia.org/pinoquio
Pinóquio, nome dado ao personagem da ficção As Aventuras de Pinóquio de 1883, no romance de Carlo Collodi, pseudônimo de Carlo Lorenzini (Escritor e Jornalista em Florença, Itália, 1826-1890),  é um menino feito de madeira que o nariz crescia quando ele contava uma mentira e diminuía ao falar a verdade, continua sendo o ícone quando o assunto é a mentira e o (a) mentiroso (a).

Mas por quê Pinóquio mentia? Por quê certas pessoas mentem? Por quê mentimos? Você já mentiu?

Aqui cabem algumas reflexões antes de respondermos a estas perguntas.

pt.wikipedia.org/saci
Durante muito tempo, no mundo todo, as pessoas nasceram sob a égide das mentiras, em épocas passadas muitas crianças cresceram acreditando que era a cegonha quem trazia um bebê ao mundo ou de que um certo papai noel chegaria em um trenó puxado por renas pelos céus, durante a noite, e desceria pelas chaminés das casas trazendo presentes ou ainda, que na Páscoa, um coelho viria e entraria furtivamente nas residências deixando ovos de chocolate para as celebrações da ressurreição de Jesus Cristo. E aqui no Brasil não foi diferente, as versões  do saci, de norte a sul, apresenta um ser, ora maléfico ora brincalhão, com poderes sobrenaturais e alguns possivelmente já tendo sido capturados por aí e daí vai.

Não se sabe ao certo, pode também não ser verdade pois não há comprovações, mas a história do dia da mentira (1º de abril) pode ter iniciado com a mudança do calendário juliano (do imperador Júlio César) para o calendário gregoriano (do Papa Gregório XIII) que para corrigir uma diferença de 10 dias nos calendários (de 04/10/1582 - quinta-feira, para o dia 15/10/1582 - sexta-feira), alterava a data do ano novo que até o ano de 1582 era comemorado no início da primavera do hemisfério norte (22/03), extendendo-se por cerca de uma semana ou seja, até o dia primeiro de abril.

pt.wikipedia.org/papa_gregorio_XIII
Com a promulgação oficial do calendário gregoriano em 24/02/1582 pela bula Inter Gravíssimas adotado inicialmente em Portugal, Espanha e Itália, o primeiro dia do ano, aos poucos, passou a ser comemorado no dia primeiro de janeiro dos anos subsequentes (http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-02/historia-hoje-ha-435-anos-calendario-gregoriano-mudou-forma-de-contagem-do-tempo). Oficialmente o primeiro dia deste calendário foi 15/10/1582.

Algumas pessoas resistentes, entretanto, continuavam a comemorar o ano novo na data primaveril, fazendo com que alguns adeptos do novo calendário os provocassem e zombassem das suas não adesões, enviando-lhes mensagens mentirosas e convites para festas inexistentes para o dia 1º de abril.

A própria Bíblia está repleta de passagens alertando para os perigos e as consequências que as mentiras ou palavras caluniosas podem suscitar. Abraão quando mentiu aos egípcios sobre o seu relacionamento marital com Sara, por temer ser morto devido a beleza de sua esposa, dizendo que era sua irmã,  foi expulso do país (Ge, 10-20), na lei de Moisés (Levítico, 19, 11-19) também temos instruções severas de não usar de falsidade, nem enganação e nem ser injusto, não espalhar boatos ou levantar falso testemunho, ainda, no livro de Matheus, já no Novo Testamento, pode-se ler: "Não tenham medo deles, pois não há nada de escondido que não venha ser revelado, e não existe nada de oculto que não venha ser conhecido." (Mt., 10:26), entre muitos outros alertas bíblicos.

Até o Papa Francisco, em 2018, condenando as Fake News (Notícias Falsas), comparou-as a serpente que no paraíso enganou Adão e Eva, disse que devemos evitar e desmascarar as "táticas de cobras" manipuladoras (O Globo 24-01-2018). Aliás, as Fakes News são os tops entre as mentiras mundial atualmente, classificadas como verdadeiros lixos digitais do primeiro turno nas eleições brasileira e no restante do planeta, eu diria ainda um tsunami eletrônico de dados inúteis: mensagens falsificadas, adulteração de fotos, edições de vídeos em montagens, etc., etc., apenas para validar uma possível visibilidade mundial com perspectivas unicamente financeira e muitas vezes não justificando nem isto.

Tudo isto então, são as mentiras e o porque as pessoas mentem.

pt.wikipedia.org/aristoteles
A partir de Aristóteles (filósofo grego "384 a.C.-322 a.C."), porém, passamos a conhecer técnicas para lidar com as mentiras e as falsidades a partir da análise aos argumentos (silogismos) na tentativa de identificar falácias (do latin fallare = enganar "significados.com.br") que são os argumentos falsos por trás da retórica que se utiliza.

Para Aristóteles o objetivo principal da comunicação é fazer a outra pessoa aceitar e aderir (convencer) a sua opinião a partir de argumentos. Em lógica, um argumento é uma proposição (conjunto de estrutura gramatical válida/verdadeira ou falsa) que corresponde a uma expressão na linguagem natural.

"O objetivo de um argumento é expor as razões que sustentam uma conclusão". (Stephen Downes).

Quando pensamos em convencer alguém, temos três caminhos ou vias possíveis para tal empreitada:

- pela via da influência que, de alguma forma o influenciado já possui uma tendência "ou queda" de propensão à seguir por aquele caminho ou via que se objetiva convencer;

- pela via da persuasão que, segundo Aristóteles, a pessoa busca um apelo da sua audiência (persuadir) ao apresentar argumentos convincentes que devem fazer a pessoa aceitar, aderir e realizar uma ideia ou aquilo que se argumenta ou manifesta, primeiro pelo caráter ou pela autoridade que possui (ethos), segundo pela emoção que se transmite (pathos) e terceiro pela razão ou pela forma de raciocínio (logos) que expõe e apresenta;

- pela via da manipulação que é quando o manipulador age de forma ou de maneira ardilosa, enganosa, visando apenas ao interesse do próprio manipulador com relação a pessoa que está sendo ou será manipulada.

É preciso saber, também, que um argumento válido (silogismo) que expõe premissa verdadeira gera conclusão verdadeira, já um silogismo que expõe premissa falsa (falácia) gera conclusão falsa ou falaciosa e se, um silogismo sustentar uma falácia, a conclusão será falsa e tratada como tal ou seja, falaciosa (e existem dezenas de classificações de falácias que podem ser estudadas na tentativa de se evitar e que não cabem neste artigo).

Então, ao sustentar um silogismo não significa que ele terá conclusão verdadeira, será falso se pelo menos uma das premissas for falsa, pois nenhuma falácia consegue sustentar uma conclusão verdadeira. Portanto, analisar verdades de argumentos é diferente de analisar as validades das premissas e conclusões, porém, o que é verdade (?) é um fato que (ainda) permanece. (Prof. Dr. Rogério A. S. Fajardo).

Depois de uma mentira (descoberta) toda verdade vira dúvida. (Professor Galvão).

O meu desejo é de que todos os povos continuem a exaltar e a comemorar as passagens de todas as estações do ano, pois elas nos são necessárias e sempre serão muito bem vindas e de que, também, as culturas de cada povo continuem existindo como folclores e lendas populares que são. Mas, quando estiver frente a frente a um interlocutor observe muito bem na sua expressão porque, toda cara de pau um dia relaxa, raxa e certamente o nariz há de cair.


Carlos Roberto Miranda
Palestrante - CRM DIGITAL
carlosrobertomirandapalestra@gmail.com



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

APRENDENDO E APLICANDO A LÓGICA DA VIDA.


Comece pelo princípio”, disse o rei gravemente, “depois siga em frente até chegar ao final, daí então pare”. (do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, romancista e matemático britânico “1832-1898”).

Em observância ao início de mais um circuito lógico anual (2019) e, com vistas de levar o poder do conhecimento a todos os níveis que, em alguns casos e por algum motivo, o desconhecimento ou a não aplicação pode estar levando déficit de performance às capacidades de algumas pessoas é que quero apresentar o tema de palestra "Aprendendo e Aplicando a Lógica da Vida" para ser ministrada entre seus colaboradores, parceiros, representantes, clientes, associados, estudantes e o público em geral, pois um entendimento lógico pode aprimorar as nossas características de vida.
Períodos de mudanças exigem que antigas experiências sejam revistas para que novas oportunidades possam emergir e resultar em satisfação de desenvolvimento.

Portanto, quando o foco é o RH (Recursos Humanos), não podemos permitir que antigas barreiras se tornem álibis para abrir brechas aos caminhos dos desânimos (descaminhos) fornecendo mais problemas ao invés de soluções e, fazendo esparramar as sementes dos desencantamentos com expectativas que acarretam em frustrações ou que impessam alcançar as próximas etapas que, agora, devem ser encaradas com transparência, mente aberta e a criatividade em alta, de forma ampla, geral e irrestrita oferecendo perspectivas de possibilidades reais para se chegar até o final dos objetivos, com a certeza de uma tomada de decisão satisfatória ou quiçá, até de superação intra e interpessoal.

Contrate a palestra ou solicite informações detalhadas pelos contatos abaixo ou clique aqui para acessar o link da revista digital.

Os segredos e os mistérios mais incompreensíveis, todos eles, podem ser desvendados e revelados quando se conhece a lógica da vida.

Carlos Roberto Miranda
CRM DIGITAL
(11) 9 7545-3053 "wats"
carlosrobertomirandapalestra@gmail.com
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domingo, 7 de outubro de 2018

Eleições 2018 - A lógica do medo já ganhou.

Infelizmente, os números da apuração desta eleição de 2018, no Brasil, independente do resultado que se dê, na verdade, irão revelar não os desejos dos rumos políticos brasileiros, mas sim o cenário ou um nível de fragilidade da nossa sociedade.

De um lado veremos a resposta por parte de uma população temente com uma direita militarista que cerceie os direitos adquiridos até aqui, do outro lado teremos a resposta por parte de uma população temente com uma esquerda manipuladora dos mesmos direitos.

Um processo de transformação social precisa deixar de ser temerário, senão não é política.

Não é possível encarar a política como uma seita que promove doutrinas ideológicas absolutistas, incondicionais, incontestáveis e irrestritas às pessoas ou grupos que se deixem dominar por lideranças independentes de uma condição ou sentido para se liderar. Isto se chama manipulação de domínio sectário.

Tampouco pode-se encarar a política como uma forma de promover expressões vingativas odiosas amparadas ou com base em leis contra mal feitores da questão polis, que constantemente vêem oprimir grande parte da população. Isto se chama ditadura, totalitarismo ou despotismo.

A política, no Brasil, precisa  deixar de ter o significado semântico do idiota para assumir de vez a semântica do seu real papel, que é plural, social e assim se sobrepor como um sistema. Dentro de uma política democrática, o cidadão tem que ser livre para escolher representante, que também seja livre, entre aqueles que tenham a melhor proposta política a ser adotada, sem sectarismo nem despotismo.

Enquanto isto não acontecer não se terá política no Brasil, será o interesse pelo medo quem determinará a lógica do sufrágio, e o medo não permite a formação ideias conscientemente para seguir algum caminho rumo à realidade política.

Portanto, seja qual for o lado político que se inclinar as eleições brasileiras de 2018, o lado social não vencerá, o Brasil apenas tomará um caminho que continuará a ser incerto e tempestuoso ao seu rumo. Ainda não teremos conseguido obter um sufrágio democrático universal de forma livre e independente nas urnas que a tanto tempo esperamos mas sim, muito, será parte do resultado de uma Engenharia Social que se aplicou sobre uma população fatigada nos seus fatores fragilizados e que, a partir daí, somente é prejudicada na continuidade do medo que a oprimi e/ou a extermina a cada novo decreto. Um fator negativo da lógica da nossa essência, a Essência Humana ou a EH.

Infelizmente.

A Lógica da EH - Essência Humana.


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Desenvolver IA sem desenvolver EH não é IH *.

Qual é o real propósito de, cada vez mais, aprovarem bilhões de investimentos em IA - Inteligência Artificial (ou AI de Artificial Intelligence), EU - Experiência com o Usuário (ou UX de User Experience), CI - Cidades Inteligentes (ou SC de Smart Cites) e em outras tantas sopas de letrinhas e em contrapartida, relegarem investimentos no desenvolvimento humano a partir da IH - Inteligência Humana, que é o foco e o outro lado da ponte ou elo que as tecnologias devem servir? Pelo menos é o que deveria ser.
IA - Imagem Wikipedia

Em 2014 publiquei um artigo no portal TI Especialistas onde elenco os elementos que formam Os 3 Pilares da Internet, como ícones imprescindíveis ao ciclo para um desenvolvimento inteligente.

Em março do ano passado (2017) publiquei aqui mesmo neste blog um artigo sobre as necessidades de as pessoas procurarem buscar entendimentos sobre os novos modelos de negócios existentes nas sociedades digitais globalizadas, com sérios riscos de ficarem ou serem deixadas para trás se assim não agirem, ao menos, para que seja possível sobreviver no atual cenário global. Clique aqui para ler o artigo.

Tudo isto porquê, acredito, desenvolver tecnologias digitais seja IA, EU, CI ou outra, sem qualquer interesse no desenvolvimento da EH não é IH, e isto é logicamente provável, além de ser muito perigoso e pernicioso às pessoas, aos propósitos e aos grupos sociais pois, inevitavelmente, se assim fizermos, estaremos aumentando as ofertas às possibilidades da criação de uma sociedade globalizada na manipulação. Clique aqui e assista uma apresentação sobre os riscos da Engenharia Social ou clique aqui para ler o artigo completo.

Segundo uma pesquisa realizada entre 260 grandes empresas globais "80% delas já investem em IA e uma a cada três organizações líderes de mercado acreditam que precisarão investir mais nos próximos 36 meses para se manter no ritmo das concorrentes". (http://tiinside.com.br/). Somente no Vale do Silício, "Investidores e empresas tem planejamento de investimentos da ordem UU$ 1 bilhão em IA". (http://link.estadao.com.br/).

Enquanto isto, a ONU (Organização das Nações Unidas) apresenta um relatório onde o Brasil ocupa a 79ª posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), uma publicação que leva em conta e mede a expectativa de vida, a expectativa de anos de estudo, a média de anos de estudo e a renda nacional bruta per capta de 187 países em todo o mundo. Comparando com os nossos hermanos latinos estamos atrás do Chile (41ª), Cuba (44ª), Argentina (49ª), Uruguai (50ª), Panamá (66ª), Costa Rica (68ª), México (71ª) e da Venezuela (67º) - (Fonte UOL Notícias infográfico 22/07/2014).

Mais ainda, o INAF (Indicador de Alfabetismo Funcional), uma parceria entre o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa, ambos apoiados pelo IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) Inteligência, com o objetivo de mensurar o nível de alfabetismo da população brasileira com idades entre 15 e 64 anos, avalia as habilidades e práticas de leitura, escrita e de matemática aplicada ao cotidiano em relatórios desde o ano de 2001, tendo sido o último divulgado em maio de 2016 com o título de "Estudo especial sobre alfabetismo e o mundo do trabalho".

O relatório apresenta os seguintes percentuais:

- Analfabeto: 4%;
- Rudimentar: 23%;
- Elementar: 42%;
- Intermediário: 23%;
- Proficiente: 8%.

São considerados analfabetos funcionais o grupo de Analfabetos + Rudimentar = 27%.

Isto mesmo, apenas 8% da população brasileira tem plenas condições de compreender e expressar-se proficientemente. Pasmem!

Enquanto estes resultados nos são revelados, também são relegados por empresas e investidores no desinteresse em não estimularem a IH e as próprias pessoas que, inclusive, deveriam ser as mais interessadas na busca para exigir os seus direitos.

Neste cenário, não é possível crer que as inteligências digitais venham beneficiar a EH da forma como é anunciada nas mídias, mas seria possível sim, ser utilizada para manipular pessoas e grupos como se prenuncia, a qualquer momento, em função das fraquezas que apresentam diante das forças das IAs que, a cada dia que passa recebem mais e mais investimentos para serem aprimoradas nos seus recursos inteligentes, pois por estes números apresentados avista-se uma IA cada vez mais fortalecida contra uma IH não tão inteligente assim.

Logo, se houver algum interesse no equilíbrio de ambas inteligências (digitais e humanas) que, nos acertaremos com os três pilares necessários à evolução globalizada, que não só as TICs, bem como com as pessoas e a própria sustentabilidade do planeta passariam a contar com  o ganha-ganha nestas relações e assim, podermos viver um mundo globalizado por IH real e não somente IA de manipulação.

Abraços e até a próxima.




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* IA = Inteligência Artificial; EH = Essência Humana; IH = Inteligência Humana.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A Lógica do Amor

No período da tarde desta quarta-feira (14/02/2018), após uma encenação sobre a violência, apresentada por representantes de algumas categorias da população, nas escadarias diante da Catedral Metropolitana de São Paulo (Sé), foi anunciado o tema da Campanha da Fraternidade de 2018 que é "Fraternidade e Superação da Violência" e o lema "Vós sois todos irmãos" (Mt 23,8) pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, durante a missa de cinzas, dando início ao período da Quaresma (40 dias), que antecede a Páscoa (renascimento) de Jesus Cristo.
Apresentação de populares antes da missa.

Cerimônia de imposição das cinzas que dá início à quaresma, pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo Odilo Pedro Scherer.
A cerimônia religiosa contou com a presença de autoridades, representantes de entidades comunitárias e milhares de fieis que lotaram as dependências da igreja da Sé, no centro Paulistano.

"A Campanha da Fraternidade deste ano nos convoca a viver a prática de Jesus no exercício da escuta, da saída missionária, do acolhimento, do diálogo, do anúncio e da denúncia da violência na dimensão pessoal e social. A lógica do amor é o único instrumento eficaz diante das ações violentas" (trecho do texto-base da CF 2018, publicado no Jornal O São Paulo, Ed. 3185 de 7 a 14/02/2018).

E qual é a lógica do amor? A lógica do amor são aquelas em que os nossos caminhos estão em sintonia com a paciência e perseverança; são aquelas em que os nossos olhares estão associados à compaixão; são aquelas em que as nossas atitudes estão relacionadas com as virtudes humanas, aquelas que se opõem aos vícios; enfim, são as ações e as reações que nos levam pelos caminhos de Deus.

Para entender esta lógica e poder trilhar por estes caminhos, de forma pessoal e social, é preciso conhecer o encadeamento que o nosso raciocínio pode produzir durante os nossos eventos que mantém uma atitude firme neste sentido de caminhar, para poder alterar se necessário for ou para produzir alguma "faxina mental" voltada ao equilíbrio que se precisar.

A lógica da EH (Essência Humana) pode produzir esta cultura (ao interpretar a palavra cultura como uma atitude de cultivo) de conhecimento, uma vez que entende que a vida humana percebe luz divina para superar a violência e pode, também, no interesse de cada pessoa, fornecer e receber temperos lógicos como aquele utilizado por um maitre experiente para temperar um prato na culinária da vida, com toda a responsabilidade que lhe é exigida.

Por estes e muitos outros motivos A Lógica da EH é o instrumento que está pronto e aceita o desafio proposto pela CF 2018 de combater a violência pela lógica do equilíbrio que pode produzir nas pessoas e nos grupos de pessoas, podendo superar a violência para fazer gerar fraternidade.

Conheça o programa de palestra que este instrumento de compromisso lógico tem com o equilíbrio.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

TEMPORADA 2018

ESTÁ ABERTA A TEMPORADA DE PALESTRAS AO CIRCUITO 2018:


A vida é feita de circuitos lógicos que fluem em espiral, onde a chave do encadeamento, para ter valor, deve fazer conexão com o equilíbrio.

Em observância ao início de mais um circuito lógico anual que se inicia (2018) e independentemente dos resultados obtidos anteriormente, a nossa energia motivacional de enfrentamento, que é diária, deve ser renovada sempre e em todas as circunstâncias, seja ela pessoal, social ou profissional e, com esta visão, devemos também estimular àquelas pessoas que, por diversos motivos sentem-se desmotivados a uma melhor performance nas suas capacidades. Assim, quero apresentar o tema de palestra "Iniciando o circuito lógico de 2018" para ser ministrada entre seus colaboradores, parceiros e/ou clientes, associados, alunos e o público em geral.
Períodos de mudanças exigem que os animadores sejam renovados para que as reflexões possam ser restauradas nas pessoas e nos grupos envolvidos que tentam encontrar soluções para seus problemas. Porém, quando o nosso foco é o RH (Recursos Humanos) precisamos nos motivar para estimular os demais para que tais barreiras não se transformem em álibis, abrindo brechas por caminhos de desânimos nas novas buscas de soluções, fazendo esparramar sementes de desencantamentos e expectativas que venham acarretar em frustrações, tendo em vista justamente as necessidades do melhor caminhar para alcançar as próximas etapas de atividades e que agora estão se iniciando.
Sou autor e divulgador da proposta de estudo lógico-científico sobre a existência, vida e a humanidade a qual denominei A LÓGICA DA EH - ESSÊNCIA HUMANA e muito me orgulharia poder levar a seu público, uma das aplicações deste meu trabalho em forma de palestra e, por este motivo, solicito a possibilidade de nos reunirmos para eu apresentar mais detalhes sobre este assunto que visa à pessoa humana e as nossas dinâmicas em posse do maior recurso de potencial, que é o poder do RACIOCÍNIO LÓGICO EM ESSÊNCIA de domínio, como opção às soluções da grande maioria das nossas problemáticas de relacionamentos, para que possamos analisar a viabilidade desta parceria.
O programa de palestra A Lógica da EH tem por objetivo, além de estimular o participante, a busca da forma do raciocínio lógico no direcionamento das ações e reações equilibradas na vida humanae também, apresentar a nova proposta de estudo lógico-científico sobre as estruturas e as dinâmicas nas inúmeras situações da vida.
O programa de palestra aborda os 14 itens descritos acima durante um período de 90 minutos (1h30), ministrada pelo autor Carlos Roberto Miranda;
A palestra é realizada com acompanhamento de um livreto no formato DobraEdit (clique para saber detalhes), exclusividade de Carlos Roberto Miranda;
Havendo recursos tecnológicos (telão ou Data Show) disponível no auditório a ser ministrada a palestra, é possível incluir uma apresentação digital;
links para conhecer um pouco mais:

Entre em contato para conversarmos a respeito.
carlosrobertomirandapalestra@gmail.com